Sempre tive problemas com despedidas, talvez seja porque muitas pessoas passaram pela minha vida e muitas delas nunca mais voltaram, então, sempre tenho a sensação de que a despedida significa um "Adeus" e não um "Até logo"...
Depois de 15 dias dormindo e acordando com pessoas tão únicas, ontem foi o dia da nossa despedida: foi o dia da última música cantada sem ritmo algum, dia da última dança toda desajeitada, da última lição de Português/Francês e, principalmente, o último dia que ouvi: Alessandra, Qu'est-ce-que ça ? (o que é isso?). Foi inevitável chorar, abraçar e dizer Merci!
Mas, por que estou começando do final? Ops... Muitas coisas aconteceram antes da despedida!
No dia em que as meninas chegaram, um verdadeiro churrasco brasileiro foi preparado! Era visível a surpresa nos olhos delas. Erika, quem morou comigo na Cité U em Paris e hoje termina seus estudos na Unicamp, ficou encarregada de fazer as melhores caipirinhas!
O dia seguinte e todos os outros que seguiram nos proporcionaram diversas surpresas. A primeira delas foi a chegada ao Rio de Janeiro. A cidade, quer dizer, alguns bairros e principalmente o centro, estavam completamente sujos devido à greve dos garis. Muitos lugares me causaram uma sensação de horror: o lixo, o mau cheiro e as pessoas dormindo próximas aos montes de lixo enquanto que outras dançavam ao som das marchinhas de carnaval e jogavam suas latinhas de cerveja na rua...
Expliquei para minhas amigas o porquê daquela sujeira toda e elas acharam muito justa a greve, a manifestação e a reivindicação dos garis por benefícios e aumento salarial. Por outro lado, me questionei por que a população não contribuía para, pelo menos, evitar o aumento daquele lixão que se formava na cidade... Talvez fosse porque a maioria pouco se importava...
Como chegamos no último dia de carnaval, pensamos que não teríamos muita opção para aproveitar essa típica festa brasileira conhecida no mundo inteiro... Mas não foi bem assim, teve carnaval a semana inteira!
Acompanhamos o bloco "Banda de Ipanema", rimos muito com as fantasias, tenho que admitir, o brasileiro tem uma criatividade enorme! O mais engraçado era ver as pessoas fantasiadas nos mais inusitados lugares: metrô, ônibus, supermercado, farmácia, restaurante... Tive que explicar que as fantasias eram somente usadas no carnaval, normalmente não nos fantasiamos para ir ao trabalho nem para fazer coisas cotidianas! Outra coisa que chamou atenção das minhas amigas foi o barulho e a música nas ruas e no metrô o tempo todo. Bem... Isso acontece diariamente!
A visita ao cristo foi bem interessante. A subida ao morro da Urca, a vista da cidade e o cristo de braços abertos nos abençoando foi tudo muito válido!
Visitamos também o Pão de açúcar, confesso que o que mais gosto no Rio é o Pão de Açúcar, embora seja um lugar totalmente turístico, é impossível ir lá e não subir... A vista é simplesmente incrível, eu poderia ficar horas e horas lá apenas admirando a paisagem nos seus diversos ângulos...
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Pão de Açúcar |
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Catedral Metropolitana do RJ |
Embora nosso grupo fosse composto por duas ateias e duas católicas (sendo uma não praticante e outra, podemos dizer um pouco praticante), visitamos diversas igrejas e catedrais em todas as cidades que passamos. No Rio, a Catedral São Sebastião, também conhecida como Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, foi inaugurada em 1979, substituindo, como catedral da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Em estilo moderno, apresenta formato cônico, com 106 metros de diâmetro, 75 metros de altura externa, 64 metros de altura interna e capacidade para 20 000 pessoas em pé. A sua beleza foi admirada durante um bom tempo, o que mais chama a atenção é o seu formato e os vitrais coloridos rasgados nas paredes até a cúpula. Visitamos também o Convento de Santo Antônio do RJ, o qual localiza-se no alto do Morro de Santo Antônio, no Centro da Cidade.
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Convento de Santo Antônio |
O convento forma, junto com a vizinha Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, um dos mais antigos e importantes conjuntos coloniais remanescentes da cidade, a impressão que tive foi que o convento se assemelha muito a uma capela, já a igreja de São Francisco me tocou. Todo o dourado que revestia a igreja me transmitia uma sensação de paz inexplicável, o barulho da chuva contribuía para eu querer ficar um pouquinho mais naquele lugar e apenas agradecer: agradecer pela oportunidade de rever Marie, de viajar, conhecer lugares novos e principalmente por ser uma pessoa abençoada ...
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Igreja São Francisco da Penitência |
Subimos a escada de Selarón, construída por Jorge Selarón. Jorge foi um pintor e ceramista autodidata chileno radicado na cidade do RJ. Ele foi o autor de muitas obras que decoram os bairros cariocas da Lapa e de Santa Teresa. A escada conta com azulejos remetidos por fãs do mundo inteiro, chegando ter mais de 2 000 azulejos diferentes provenientes de mais de sessenta países. Para mim, é uma obra de arte a céu aberto, gosto muito daquele lugar, as cores, a variedade de azulejos, os desenhos e as mensagens... O artista que a construiu morreu em 2013 queimado na escada, sua obra. Hoje o lugar está um pouco abandonado e infelizmente não é considerado seguro.
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Escada de Selarón |
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Escada de Selarón |
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Azulejo escada de Selarón |
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Azulejo escada de Selarón |
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Azulejo escada de Selarón |
O mais interessante quando viajamos é conhecer pessoas, e eu acho isso fascinante! Conhecemos uma adorável família de João Pessoa, com quem passamos um final de tarde e nos encontramos no dia seguinte, eles nos sugeriram acrescentar João Pessoa ao nosso roteiro! Também conhecemos um brasileiro que mora em USA e estava no Rio para visitar sua família, conhecemos um francês que trabalha em um cruzeiro e que morou em Cuba durante um mês para aprender a dançar salsa, conhecemos um simpático carioca que nos contou a dificuldade em ser homossexual em um país (ainda) preconceituoso, conhecemos um colombiano nas escadarias de Selarón, quem jurava que eu também era francesa e falava o tempo todo que eu não tinha cara de brasileira (e brasileiro tem cara?!), conhecemos também duas amigas de Viviane , com quem morei na cite U, suas amigas Mic e Vivi nos levaram a um típico boteco da Lapa!
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Família e amigos de João Pessoa |
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Mic e Vivi |
A vida noturna no Rio é inexplicável, acho que somente quem algum dia caminhou pelas ruas da Lapa e parou embaixo dos Arcos para escolher em qual lugar entrar pode exprimir uma opinião. A imensa variedade de opções, as pessoas andando de um lado para o outro ao som lá longe de um samba, estrangeiros e brasileiros misturados em busca de diversão... Tudo muito impressionante!
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Arcos da Lapa |
Em uma das noites que passamos no Rio em um bar em frente aos Arcos da Lapa, não sei como nem de onde surgiu o assunto "Estereótipos". Me diverti ao ouvir o que os franceses pensam dos brasileiros: festa, dança, favela, futebol, mulher bonita e fio dental. Fiquei muito sem graça quando uma das meninas me perguntou se era verdade que nós pensamos que os franceses não tomam banho!
As noites que passamos no Rio foram repletas de risada, conversa, dança e música e se resumem a: noite bloco de carnaval, noite samba, noite salsa e noite show Monobloco. Simplesmente
Awesome!
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Em Vitória - ES tudo foi mais tranquilo... Acho que estávamos tão cansadas da agitação do Rio e tudo o que queríamos era deitar na areia da praia e ficar, ficar e ficar por um bom tempo!
No primeiro dia, aproveitamos para descansar, passamos a tarde toda na praia de Camburí que fica em frente ao hotel, não havia muitas pessoas nessa praia. Eu, que não consigo ficar muito tempo exposta ao sol, escolhi ficar em um quiosque a beira da praia onde uma dupla cantava músicas brasileiras. O atendente, um simpático italiano nos atendia com uma mistura de italiano, português e até francês! Logo eu e as meninas começamos a dançar ao som de Jota Quest, Seu Jorge, Paralamas, Capital Inicial, entre outros... Aos poucos, as pessoas que estavam no quiosque se animaram ao nos ver dançando (totalmente sem ritmo, claro!)! Tarde memorável.
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Praia de Camburí |
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Praia de Camburí |
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Praia de Camburí |
A noite fomos conhecer o "Triângulo das Bermudas" onde está a maior concentração de barzinhos e restaurantes por m2 da capital capixaba e recebeu este nome há mais de 20 anos dos boêmios da cidade, que se perdiam entre os bares e restaurantes do local, são mais e 15 estabelecimentos onde se concentra todo o tipo de público. Difícil não achar pelo menos um ou dois lugares que agradem. A região tem desde barzinhos simples até lugares mais elaborados, todos lotados em algumas ruas onde o trânsito de veículos é limitado.
A visita ao Convento da Penha foi muito interessante, logo no in
ício da subida encontramos com um senhor que nos contou toda a história do convento enquanto caminhávamos.
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Caminho Convento da Penha |
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Caminho Convento da Penha |
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Convento da Penha |
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Convento da Penha |
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Convento da Penha |
O Convento da Penha é um dos santuários religiosos mais antigos do Brasil, localizado no município de Vila Velha, estado do Espírito Santo. Está situado no alto de um penhasco, a 154 metros de altitude, sendo uma das igrejas mais antigas do estado, cujas obras avançavam aos poucos e tiveram início por volta de 1558, a mando de frei Pedro Palácios. O senhor que seguimos durante a subida nos contou que o frei Pedro Palácios morava na gruta que fica ao pé do morro e ele tinha um quadro da Nossa Senhora da Penha e algumas vezes esse quadro desaparecia e era encontrado no alto do penhasco, então ele decidiu construir o convento e deixar o quadro na capela em cima do penhasco. O caminho todo de pedra foi feito pelos escravos e animais que carregam as pedras enquanto os escravos formavam um caminho com sete curvas, esse caminho também é conhecido como "Ladeira da Penitência" devido à sua declividade acentuada e disformidade de calçamento, ficamos sabendo também que algumas pessoas ao subir pelo caminho, carregam uma pedra nas costas enquanto sobem ajoelhadas para pagar alguma penitência.
A Praia da Costa também localizada nesse município é bem bonita, os vários barcos dos pescadores na areia formam uma paisagem digna de ser pintada em um quadro...
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Praia da Costa |
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Praia da Costa |
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Praia da Costa |
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Praia da Costa |
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Igreja de São Gonçalo |
O centro histórico de Vitória é composto por muitos pontos turísticos e culturais e são abertos para visitação de terça a domingo e a nossa visita estava sendo na segunda-feira. Decepção total... Queria muito visitar o Museu de Artes do ES, o Theatro Carlos Gomes e a Igreja de São Gonçalo, construída em 1766, ela é considerada, segundo a crença popular, a igreja dos casamentos duradouros! Porém todos fechados...
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Theatro Carlos Gomes |
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Museu de Artes do ES |
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Escadaria Maria Ortiz |
Passamos pela escadaria Maria Ortiz, local onde foi palco da resistência da população contra a invasão do corsário holandês Piet Heyn no século XVII, quando ultrapassou a barreira do forte São João para entrar na vila, no entanto, Maria Ortiz, moradora do local articulou a resistência junto aos demais moradores, assim os invasores tiveram que recuar, desistido do saque. O nome da escada é uma homenagem a mulher que defendeu a cidade.
Por sorte conseguimos visitar a Catedral Metropolitana, a qual tem estilo eclético com predominância neogótica, ela se destaca pelo belíssimo trabalho de vitrais, além da capela e uma cripta onde estão sepultados antigos bispos do Estado.
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Catedral Metropolitana |
E assim foi a nossa rápida visita a Vitória, a cidade oferece muitos outros lugares para visitas, inclusive parques como o "Parque Moscoso" que fica no centro da cidade e o "Parque Pedra da Cebola", os quais também gostaria de ter conhecido, mas não tive oportunidade...
Por fim, a ultima praia visitada: "Praia Curva da Jurema", alguém na cidade havia nos informado que toda segunda-feira tinha Jazz em um quiosque nessa praia, para minha surpresa, justo nessa segunda não tinha...
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Praia Curva da Jurema |
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Praia Curva da Jurema |
Não gosto de pensar que tivemos azar em encontrar os monumentos e museus fechados, nem que foi azar o fato de não ter o famoso Jazz na "Praia Curva da Jurema" no dia em que estávamos lá... Prefiro acreditar que é um sinal para eu voltar lá logo!
Bom, essa foi a primeira parte da nossa viagem, vou escrever a segunda parte em um novo
post, acho que esse ficou longo demais, nem sei se quem começou a ler vai conseguir chegar até o final!
Grande beijo Aless
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