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sábado, 21 de junho de 2014

#EstáTendoCopa

A pedido e sugestão do meu irmão para uma atualização do blog, aí vai um post sobre a Copa do Mundo no Brasil, na verdade um post também sobre o Brasil.

Primeiramente, nunca fui fã de futebol, mas por ter um pai torcedor do Corinthians (#VaiCurinthians!) cresci em uma família na qual os jogos de futebol eram motivos de festa, com direito a churrasco, fogos de artifício e hino do Corinthians como parte da trilha sonora. Não queria admitir, mas sinto falta dessa época...

E esse ano, depois de 64 anos, temos o Brasil como país sede da Copa do Mundo novamente. Tenho certeza que essa será a única copa que verei no meu país; verei pela televisão como as outras que se passaram e que estão por vir, já que não  fui sorteada para a compra dos ingressos nem conheço algum patrocinador que poderia me presentear com as entradas.

Lembro-me que em 2007, quando o Brasil foi escolhido para ser o país sede, mesmo sendo o único candidato, muitos brasileiros vibraram por ter uma copa no país do futebol. Até aí tudo bem, porém desde 2013, um ano antes do evento, começaram as manifestações. Quero deixar claro que sou a favor das manifestações: as justas, sem violência, sem vandalismo e principalmente com ideais e princípios. Porém, não consigo entender porque estragar, ridicularizando e criticando a copa. Também acho que os milhões gastos poderiam ter sido mais bem investidos, mas acredito que podemos ter uma visibilidade maior e melhor sediando esse evento e assim atrair investimentos externos impulsionando o nosso desenvolvimento.

Parece mentira, mas cansei de ouvir piadinhas dos estrangeiros questionando se o Brasil era uma fazenda gigante, na qual cobras e macacos dividiam espaço com a gente nas ruas... Não. Não somos uma selva.

É difícil discursar sobre um país que carrega uma desigualdade social enorme, que cresceu 2.3% em 2013 (0.9% em 2012) e que a expectativa para 2014 é 1.24% (expectativa que vem diminuindo a cada dia que passa), onde a desconfiança do empresário o impede de investir e a do consumidor o inibe de consumir, um  país que eleva a taxa de juros (Selic 11%, enquanto que na Europa se fala em "juros negativo") e tem um portfólio de preços administrados para conter a inflação, inflação mascarada que está "quase batendo" no teto segundo nosso ministro da fazenda, mas que na verdade já "bateu" há  muito tempo, basta andar pelos corredores dos supermercados...

Sei que temos muito a fazer, mas acabar com um evento mundial não me parece ser a solução. Essa é a nossa hora, é a hora de mostrar que não somos uma fazenda gigante, ao contrário, temos que mostrar que temos um potencial imensurável de desenvolvimento e crescimento além de capital humano para tal, e que precisamos de saúde, educação, transporte, moradia dignos e infraestrutura para sustentar o crescimento que almejamos.

Voltando à Copa do Mundo... Sim, está tendo copa, apesar de todos os imprevistos.

Assisti a abertura da copa em um barzinho, confesso que me arrepiei quando vi todo mundo em pé com a mão no peito cantando o hino nacional.

Somos brasileiros! Está ruim? Está. Mas não é destruindo o pouco que temos que vamos alcançar algo.

Torço pelo Brasil, muito mais pelo país do que para a seleção, como disse no início do post, não sou muito fã de futebol, mas sou fã desse país que  pode (e vai!) se tornar melhor!

Grande beijo verde e amarelo da Aless

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Em busca de uma companhia


O título deste post é bem sugestivo, mas não, não estou falando de uma companhia para a minha vida amorosa!

Estou falando de algo que vai muito além disso, estou falando de  uma companhia para desenvolver um projeto de uma viagem que não é nem um pouco convencional. Estou falando de uma peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela!
 
O primeiro contato que tive sobre o caminho aconteceu quando eu tinha uns 13 anos (eu acho), me lembro que caiu em minhas mãos um livro sobre o percurso, achei fascinante, porém, com o tempo, a lembrança do livro e suas histórias sobre o caminho foram se apagando... E não sei porque, algo, nesse ano, despertou em mim a vontade em percorrer esse caminho. Talvez seja a crise dos “30” que se aproxima e começa a exigir de mim uma reflexão sobre o sentido da vida (crise existencial?!)...

Afinal o que é o Caminho de Santiago de Compostela? Na verdade não se trata apenas de um caminho, há várias rotas, mas todas com um objetivo: Chegar à cidade de Santiago de Compostela, na região da Galícia, Espanha.

Nessa cidade se encontram os restos mortais de Tiago Maior, um dos doze apóstolos de Jesus, respeitosamente guardados numa arca de prata no porão da catedral dedicada ao santo.

Segundo a história, dentre os discípulos, Pedro, Tiago, e seu irmão, João, foram os mais íntimos de Jesus, ele foi o primeiro, dentre os doze discípulos a morrer. Após sofrer martírio, o corpo de Tiago foi recolhido por dois discípulos seus, que o acompanhavam desde a Galícia e sepultado nestas terras. Séculos depois, fenômenos luminosos revelariam o local da tumba ao eremita Pelayo. Isso se deu entre 820 e 830.  Do surgimento de um templo à formação de um importante polo de peregrinação para toda a cristandade foi um passo. Peregrinos percorreram toda a Europa, em busca de alguma graça. Aqueles que vinham de Portugal foram responsáveis por traçar o Caminho Português; os que vinham do restante da Europa firmaram diversos trajetos, sendo mais célebre o conhecido pelo nome de Caminho Real ou Francês, até hoje percorrido por cerca de três quartos do total de peregrinos. (fonte www.santiago.org.br)

E, por que fazer a peregrinação? Há diversos motivos para percorrer o caminho, uns fazem por motivos espirituais, outros pelo turismo, gastronomia, aprender e praticar línguas estrangeiras, desafio, lazer e/ou viajar de forma econômica.

O meu motivo, acredito, é uma mistura de todos esses mencionados acima, mas principalmente o espiritual, turismo e desafio!

Entre os diversos caminhos que existe até a cidade de Santiago de Compostela, o que eu escolhi foi o "Caminho Francês", o qual é considerado como a rota das estrelas, ou seja, é o Caminho de Santiago por excelência.  Partindo de Saint Jean Pied de Port (França), é uma viagem de quase 800 quilômetros até o oeste, com a Vía Láctea que acompanha desde o céu, sendo a essência de uma rota milenar na terra e o única no mundo que não se formou por motivos comerciais. 
 
 

O esboço do meu projeto é fazer o caminho a pé e se possível uma parte de bicicleta durante aproximadamente 35 dias com a companhia de um (a) ou um grupo de peregrinos entre os meses de abril a outubro de 2016 (verão europeu). Sei que ainda temos tempo, mas o ideal para planejar, conhecer a companhia e treinar para o desafio.

A primeira pessoa que convidei para ser a minha companhia foi minha mãe! Ela simplesmente disse que não aguentaria caminhar toda essa distância, compreendi (apesar de achar que ela é mais capaz que eu!). Depois convidei algumas amigas (as companheiras de caminhada/corrida dos finais de semana) e nenhuma aceitou o convite/desafio. Por último convidei meu irmão que até acha a viagem interessante mas não se motivou a enfrentar, porém ele disse que não seria difícil encontrar uma companhia (embora eu ache que sim...), por isso resolvi recorrer ao blog!

Para quem não conhece o roteiro e o que essa viagem pode proporcionar, há diversos sites que dão muitas dicas desde como se preparar até qual caminho escolher e onde visitar.

A associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela de São Paulo, promove caminhadas mensais, destinadas ao preparo dos futuros peregrinos, acho que vale a pena começar a pensar em participar dessas caminhadas! 


Segue alguns links de sites interessantes sobre o caminho:


http://www.caminhodesantiago.com.br/




E meu e-mail pessoal, caso tenha interesse em ser a companhia que estou buscando!

alessandra.fsilva.8@gmail.com

P.S O cajado é por minha conta ;)

 
C'est bien ça, le projet, c'est, en autre, de réaliser quelque chose d'extraordinaire, quand on est quelqu'un d'ordinaire. S'engager sur le Chemin de Saint Jacques,  c'est certainement la seule aventure plus que millénaire que peut encore vivre aujourd'hui, l'homme du 21° siècle. (Récit d'un pèlerin de Compostelle)

Grande beijo da Aless