A pedido e sugestão do meu irmão para uma atualização do
blog, aí vai um post sobre a Copa do Mundo no Brasil, na verdade um post também sobre o Brasil.
Primeiramente, nunca fui fã de futebol, mas por
ter um pai torcedor do Corinthians (#VaiCurinthians!) cresci em uma família na
qual os jogos de futebol eram motivos de festa, com direito a churrasco, fogos
de artifício e hino do Corinthians como parte da trilha sonora. Não queria admitir, mas sinto falta dessa época...
E esse ano, depois de 64 anos, temos o Brasil como
país sede da Copa do Mundo novamente. Tenho certeza que essa será a única copa que
verei no meu país; verei pela televisão como as outras que se passaram e que
estão por vir, já que não fui sorteada para a compra dos ingressos nem conheço algum patrocinador que poderia me presentear com as entradas.
Lembro-me que em 2007, quando o Brasil foi
escolhido para ser o país sede, mesmo sendo o único candidato, muitos brasileiros vibraram
por ter uma copa no país do futebol. Até aí tudo bem, porém desde 2013, um ano
antes do evento, começaram as manifestações. Quero deixar claro que sou a favor
das manifestações: as justas, sem violência, sem vandalismo e principalmente
com ideais e princípios. Porém, não consigo entender porque estragar,
ridicularizando e criticando a copa. Também acho que os milhões
gastos poderiam ter sido mais bem investidos, mas acredito que podemos
ter uma visibilidade maior e melhor sediando esse evento e assim atrair investimentos externos
impulsionando o nosso desenvolvimento.
Parece mentira, mas cansei de ouvir piadinhas dos estrangeiros questionando se o Brasil era uma fazenda
gigante, na qual cobras e macacos dividiam espaço com a gente nas ruas... Não. Não somos uma
selva.
É difícil discursar sobre um país que carrega uma
desigualdade social enorme, que cresceu 2.3% em 2013 (0.9% em 2012) e que a
expectativa para 2014 é 1.24% (expectativa que vem diminuindo a cada dia
que passa), onde a desconfiança do empresário o impede de investir e a do
consumidor o inibe de consumir, um país que eleva a taxa de juros (Selic
11%, enquanto que na Europa se fala em "juros negativo") e
tem um portfólio de preços administrados para conter a inflação, inflação
mascarada que está "quase batendo" no teto segundo nosso ministro da
fazenda, mas que na verdade já "bateu" há muito tempo, basta
andar pelos corredores dos supermercados...
Sei que temos muito a fazer, mas acabar com um
evento mundial não me parece ser a solução. Essa é a nossa hora, é a hora de mostrar que
não somos uma fazenda gigante, ao contrário, temos que mostrar que temos um
potencial imensurável de desenvolvimento e crescimento além de capital humano
para tal, e que precisamos de saúde, educação,
transporte, moradia dignos e infraestrutura para sustentar o crescimento que
almejamos.
Voltando à Copa do Mundo... Sim, está tendo copa, apesar de todos os imprevistos.
Assisti a abertura da copa em um
barzinho, confesso que me arrepiei quando vi todo mundo em pé com a mão
no peito cantando o hino nacional.
Somos brasileiros! Está ruim? Está. Mas
não é destruindo o pouco que temos que vamos alcançar algo.
Torço pelo Brasil, muito mais pelo país do
que para a seleção, como disse no início do post, não sou muito fã de futebol,
mas sou fã desse país que pode (e vai!) se tornar melhor!
Grande beijo verde e amarelo da Aless
Grande beijo verde e amarelo da Aless